quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DESAFIO OLHÓPIEF

A turma do PIEF (8ºC) aceitou o desafio lançado pela estrutura coordenadora nacional que pretendia uma recolha de evidências sobre todo o trabalho desenvolvido ao longo do primeiro periodo deste ano lectivo e  que, de certo modo, nos ajudasse a reflectir sobre os procedimentos e metodologias seleccionados para dar cumprimento ao nosso plano de actividades.
Também juntamos os textos da equipa técnico-pedagógica e dos alunos que colaborativamente se motivaram para mostrar a todos que a escola é um local plural onde se consegue fazer MAGIA. 


OS TEXTOS DA EQUIPA TÉCNICO-PEDAGÓGICA

Revisitando Paulo Freire na sua vasta obra sobre Pedagogia e Educação[1] encontramos, na sinopse do seu pensamento, elos de ligação inconfundíveis com a proclamação do acto de estudar na sua vertente transformadora, onde o autor lhe atribui importância enquanto forma de pensar a prática e dá visibilidade à premissa que pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo.
Evidências de um tempo remoto que encontra uma ancoragem no presente e assume a centralidade do actual discurso político sobre educação. Exultam-se os processos de alfabetização e formação de adultos, formação de públicos jovens menos favorecidos, entre outros, que assumem um compromisso com a informalidade das experiências adquiridas no quotidiano, como sendo necessárias para a validação de competências e aprendizagens evidenciadas ao longo dos processos de vida de cada formando, num movimento dinâmico, onde a prática e a teoria se diluem, para fazer e refazer o conhecimento que dá suporte à nossa actividade.
É neste quadro de fundamentação que nos posicionamos enquanto educadores de uma Turma PIEF. Apoiados numa vasta experiência pessoal transmitimos o conhecimento necessário que se entrecruza e revê nas formalidades dos programas, na experiência de vida de cada estudante, para devolver aos alunos um conhecimento coado pelo filtro do tempo e que se assume nas práticas pedagógicas colectivamente assumidas, nas quais, de forma insistente, se procura evidenciar a veracidade das palavras de Francisco Marta ao fazer acreditar que existem lugares onde podemos experimentar a possibilidade de fazer magia.
MAGIA, aqui entendido enquanto conceito distanciado da ilusão fácil, mas próximo e equidistante das qualidades do acto transformador que Paulo Freire fez brotar das sementeiras temporãs das suas considerações em torno do acto de estudar. A força indesmentível da palavra como meio transformador, veículo de transfusão e de credibilização de práticas. Da expressão motora e física à expressão artística, uma mobilização articulada de saberes que transformam os diversos contextos formais de aprendizagem em locais seguros, onde as diversas actividades evidenciam essa magia!
Da teorização dos conhecimentos adquiridos ao longo de uma vida e de um percurso escolar anterior, revendo-se em contextos formais, informais e não formais de aprendizagem, à prática assumida por cada um dos actores, individualmente, um longo percurso comunitariamente desenvolvido repleto de emoção, sentimentos, partilha e relações recíprocas de crescimento e desenvolvimento pessoal que nos impele para a conquista da nossa libertação enquanto seres meramente aprendentes que nos faz acreditar que existirá sempre esperança! Eis o nosso PIEF.
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[1] Freire, P. (1977) Acção cultural para a libertação e outros escritos. Moraes Editores, Lisboa.


AS IMAGENS


MAIS TEXTOS: UM RESUMO COLECTIVO

Foram muitas as actividades desenvolvidas ao longo deste ano lectivo com a turma C do 8º Ano. Iniciámos com uma semana de acolhimento aos alunos que se repartiu por inúmeras actividades: jogos desportivos, pequeno-almoço, almoço de grupo, jogos de apresentação, entre muitas conversas informais e reuniões.
O mês de Setembro, apesar de curto, foi muito intenso. Celebrámos em conjunto o aniversário de um dos alunos, Gonçalo Costa. Um primeiro momento de partilha e conhecimento afectivo. A emoção de ser professor ao rubro e em transformação.
Seguiu-se Outubro. Muito desporto. Muito Voleibol. Avançámos com um projecto, Acção Volley Tools que contemplou várias actividades: marcação de campos de jogo, apoio a aulas no 1º CEB, organização de torneios e três acções de formação por todo o distrito. Também foram preparadas muitas iniciativas ligadas ao Halloween, onde a expressão plástica e artística se evidenciaram perante o rol de competências entretanto trabalhadas na componente curricular. Também experimentámos a confecção de doce de abóbora que serviu de mote para angariação de fundos para as actividades da Escola. Foi um momento delicioso! Neste mês a equipa pedagógica preparou duas saídas de campo: visita à AMALGA e ao Moinho de Vento de Castro Verde para sensibilização ambiental e cultural.
Novembro. Mês de São Martinho, muita castanha e… muita actividade nesta Escola. Os alunos prepararam na ART, associação que os acolhe, um pequeno magusto com convites estendidos a todos os professores e técnicos que acompanham a turma. Os alunos também saíram da Escola para conhecer a grande capital – LISBOA. No roteiro, uma visita aos principais monumentos à Torre de Belém e ao Mosteiro dos Jerónimos. Também se reservou tempo para as comemorações dos Direitos das Crianças onde os alunos prepararam e criaram uma bandeira que mais tarde hastearam publicamente. Mas o mês de Novembro ficou verdadeiramente marcado pelas inúmeras actividades de preparação do Dia Mundial da Sida. Os alunos preparam uma sala, com a ajuda dos professores, e decoraram a mesma com painéis de sensibilização. Seleccionaram um filme educativo sobre a doença e prepararam um banco de questões para apresentar aos alunos do ensino básico da Escola.
Mês de Dezembro. Mais desporto. Mais voleibol. Depois da organização de formação para monitores, a turma foi implacável na dinamização de um Torneio Inter Escolar que reuniu mais de 90 alunos na nossa Escola. Mês de Natal. Mês de sentimentos e de partilha. Foi numa verdadeira partilha de saberes que em conjunto se ergueu a maior árvore de Natal da Escola que foi exibida no seu Bloco de Aulas. Segue-se o segundo período e a magia do PIEF vai continuar a “instalar” o Kaos por toda a comunidade educativa.


ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS: UM OLHAR DOS ALUNOS

Imbuídos do espírito deste Desafio Nacional, a Equipa Técnico-Pedagógica desafiou também os seus alunos a comentarem as diferentes actividades, procedendo a um rasgo avaliativo, através dos comentários a este post e que, no futuro, poderão ajudar a equipa de técnicos e professores a melhorarem o planeamento e a execução das diferentes actividades. Convidá-mo-lo a viajar neste mundo de opiniões...



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